Tú eres cauce
y yo soy agua
-somos río-
agua sin bridas
y en tropel,
a merced del capricho
de tu lecho voy:
izándome en el aire
abofeteando orillas
incustrándome
en ocultas pozas
que creaste.
Y así
voy
bogo
titubeo o
permanezco
mientras
no se abra
la consistencia
de tu fuerza
y yo
me pierda en ella.
__
y yo soy agua
-somos río-
agua sin bridas
y en tropel,
a merced del capricho
de tu lecho voy:
izándome en el aire
abofeteando orillas
incustrándome
en ocultas pozas
que creaste.
Y así
voy
bogo
titubeo o
permanezco
mientras
no se abra
la consistencia
de tu fuerza
y yo
me pierda en ella.
__
A tradução em português, que espero não fuja ao essencial:
Tu és leito
e eu sou água
-somos rio-
água sem bridas
e em tropel,
à mercê do capricho
do teu leito vou:
içando-me no ar
acometendo as margens
incrustando-me
nas ocultas poças
que criaste.
E assim
vou
remo
vacilo ou
permaneço
enquanto
não se abra
a consistência
da tua força
e eu
me perca nela.
Autora: ANATEMA
e eu sou água
-somos rio-
água sem bridas
e em tropel,
à mercê do capricho
do teu leito vou:
içando-me no ar
acometendo as margens
incrustando-me
nas ocultas poças
que criaste.
E assim
vou
remo
vacilo ou
permaneço
enquanto
não se abra
a consistência
da tua força
e eu
me perca nela.
Autora: ANATEMA
4 Comments:
Um poema muito sensual. Não sei se gosto mais em castelhano sem em Português...A poesia não tem nacionalidade, é ela própria uma nação ou um reino e a sua linguagem é ela mesma. Parabéns Anátema.
Tâmara
A poesia é a harmonia nas cores desencarceradas das sílabas. A tranquilidade na ventura recuperável. Um olhar sereno na imensidão do azul etéreo ou marinho. O despertar com o raio de luar filtrado pela gelosia, quando as horas vermelhas digitalizadas já anunciam, na sua urgência, o azul violeta do alvorecer. Um espreitar das montanhas a levante, no momento exacto em que o Sol desfaz o porão escondido da noite. Um encontro na madrugada ainda menina. Um renascer de sentires... uma lágrima de orvalho oscilando no fulgor resplandecente das flores e dos olhos que amamos.
Belas e justas as tuas palavras, Tâmara.
Assim o poema da Anatema. Assim os teus.
Abraços e um bom fim-de-semana para ambas.
anatema...não calculas como me comoveu este poema
.da minha querida anatema...
que respira também as flores e os arbustos que estremecem o corpo.
a nordEste...
beijO.zéniTe. obrigada!!
:)
lindissmo, muitos parabens.
participe em www.luso-poemas.net
vai adorar:)
e para nos será uma honra
abraços!!
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