uma sede de rosas

uma sede de rosas.
uma sede tantálica, silenciosa,
como uma brasa ardente queimando.
incendiando as memórias, constante.
como uma inflorescência de cactos abrindo a noite.
cingida de espinhos, o silêncio perfurando.
e a carne.
em labaredas algemada, arfante, felina.
agrilhoada, salina de sangue, vibrante.
na ausência de uma frescura de rosas,
sinal algum pulsa a meu favor.
nem a fresca brisa que afaga os cactos mansos.
a única luz que fulgura e subsiste
é a do fanal do fragoso rochedo
que esquadria as brumas e os mares de escolhos
da minha noite negra povoada de medos:
- a saudade dos teus olhos.
[quem diz que a larga ausência causa olvido,
ignora que a saudade tem memória]
uma sede tantálica, silenciosa,
como uma brasa ardente queimando.
incendiando as memórias, constante.
como uma inflorescência de cactos abrindo a noite.
cingida de espinhos, o silêncio perfurando.
e a carne.
em labaredas algemada, arfante, felina.
agrilhoada, salina de sangue, vibrante.
na ausência de uma frescura de rosas,
sinal algum pulsa a meu favor.
nem a fresca brisa que afaga os cactos mansos.
a única luz que fulgura e subsiste
é a do fanal do fragoso rochedo
que esquadria as brumas e os mares de escolhos
da minha noite negra povoada de medos:
- a saudade dos teus olhos.
[quem diz que a larga ausência causa olvido,
ignora que a saudade tem memória]