Pretendo com este “post” prestar uma humilde homenagem aos que, debaixo da terra, extraem o vil metal que comanda a vida dos que estão à superfície, tantas vezes a troco da própria vida (dos mineiros).
Dedico-o, por extensão, aos cerca de dois milhões de homens e mulheres – e crianças! – que, segundo a OIT, morrem anualmente em todo o Globo, vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais.
Só alguns exemplos (refererirei, para simplificar, somente os mineiros chineses, por serem os mais atingidos, e também por a ideia de este "post" ter surgido após o recente acidente verificado numa mina da China Central, como refiro no final deste escrito).
No
primeiro semestre de 2007, cerca de
1800 trabalhadores morreram em acidentes ocorridos em minas chinesas, de acordo com uma estatística publicada pela imprensa estatal.
Fonte: Rádio Renascença, Portugal
De referir que nos anos de 2004, 2005 e 2006 as mortes nas minas chinesas atingiram, segundo fontes governamentais um total de cerca de 14 000 mineiros.
(fontes consultadas: RTP, Lusa e Folha Online)
No entanto, e de acordo com estatísticas não governamentais, aquele número ultrapassará 27 000 mortos.
P.S.: entretanto, uma boa notícia: foram resgatados com vida os 69 trabalhadores recentemente enclausurados durante 3 dias na mina de carvão de Zhijian, na província central de Henan, China, devido a fortes inundações de água.
8 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Uma homenagem merecida sim.
(Este ritmo cadenciado é-me assustador)
O comentário anterior era meu, apaguei porque esqueci de dizer que visitei o site que me indicaste no post anterior e encontrei umas pistas bem úteis.
Obrigada.
uma boa noite
após regresso e rápida passagem pela minha casota, é este o primeiro sítio que visito (e último tambem, pois diz-me o técnico que os 15 euros de bonus antes da ligação à net duram menos que pouco).
Apenas para dizer olá e até breve
afrodite
Muchas gracias por dedicarme este post tan desgarrador.
Fíjate. Esa música y esa letra me retrotraen a una época en la que yo ni había nacido, pero de la que sé muchas cosas, muy tristes, muy cercanas y que me hacen daño.
Las guerras interceptan la evolución personal, ese crecimiento del ser humano que lo dignifica. Pero, nos dicen los historiadores, los politólogos y otros "especímenes", que las guerras son necesarias para un justo equilibrio.
y, dime Zénite. ¿Crees tú eso? Yo no. De ninguna manera.
Cara Teresamaremar
Grato pelas tuas palavras e pela visita.
Também fico angustiado, mas gosto de ouvir esta triste melodia. Até tenho no carro o CD que a contém. Necessito, mesmo, de a ouvir de quando em vez.
Abraço e bom fim-de-semana.
Cara Afrodite,
Queixa-te ao Sócrates, que anda por aí a apregoar aos 4 ventos que o acesso à Net é barato. :)
Abraço e bom fim-de-semana.
Cara Anatema
Lamento ter-te trazido recordações tão tristes e que te pesam tanto nas memórias que, embora não tenhas vivido, sentes através das memórias dos que as viveram e sofreram, e que te são tão caros.
Considero perversos os argumentos e as reivindicações que conduzem às guerras.
Estou, assim, e mais uma vez, contigo, amiga!
Abraço e bom fim-de-semana.
E SE VIESSES OUVIR UM BOCADINHO DA MINHA OPERA PREFERIDA , COMIGO ?
FAZIAS-ME, TAMBÉM COMPANHIA !
D. MARIA
bom dia Z.
venho agradecer, sensibilizada, a constância da tua presença.
abraço.
(faz bem saber que nos lembram...)
:))))
obrigada.
bonito poema, sentida lembrança -
a morte banalizou-se, hoje em dia. quão fácil deixamos de pensar na vida humana de forma humana, individual (não sei se me consigo explicar)...
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