"Gülümcan" (desconheço o nome do compositor (turco),
bem como os nomes dos intérpretes).
estou deitado sobre a liquidez da tarde. sem pausas. um feixe de luz incide sobre as colinas e a verdejante várzea, aquém do delta. silencioso e trémulo sob o trigal dos dias, sou a raiz sobressaindo dos lábios secos da terra. descalço, elevo-me na vertical, até ao zénite, e regresso, suspendendo-me das teias labirínticas do véspero. tacteio o chão. é longo e nu o abraço libertador que me prende. um olhar quente e generoso é mais que suficiente nesta caminhada. amor e submissão na prece consentida. um mergulho de respiração e pétalas sobre a planura. nada é mais real e imutável que a tez macia do desejo. existe a probabilidade de as coisas improváveis acontecerem. disse-o aristóteles na sua poética. e eu creio firmemente em aristóteles. a verdade da minha imaginação é a minha única realidade. sei que é este o caminho. e mais nenhum.
1 Comments:
não há verdade...
cada um a sUa.
abraÇo. bOm tempO...............
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