és!

és!
és a flor da torga no ermal granítico,
espiga de ceres no alentejo errático,
gentil welwitschia no namib mítico,
magnólia de alabastro, lírio aquático.
és a raiz do nardo em poema épico,
o rastro do zéfiro em cântico extático,
sacro sal da terra, dócil cardo ascético,
a primorosa pena de estilo ático.
és a esfinge envolta em cabal mistério,
a escuna que flaina o ameno galerno,
és a estrela de oiro no cerúleo etéreo,
doce primavera depois do inverno.
em meu castro de vento, agora cinéreo,
és o meu fanal e nele me prosterno.
9 Comments:
magia...puríssima...:)
Ui... Quase feitiçaria do vento na flora rara. Um poema que sopra a música dos deuses. Bom dia!
inebriante e arrebatador!
:)
bom, o vento é forte demais para se remar contra ele. deixo crescer os cabelos neste vento que em breve chega com as ondas à areia.Durante o vento,fecharei os olhos e direi as palavras deste poema. o mar escutará mexendo-se.
qué fue de la rosa sin espinas
de la miel salada
del perfume sin fragancia?
qué sería de ella sin poemas
sin versos que le ofrezcan
sin manos que acarician?
qué sería del mundo sin poetas
sin voces de gorriones
sin tañer de campanas?
qué sería?
qué sería?
BELLÍIIIIIIIIIISIMO...!!!
Olá... permites-me que te "roube" este poema?
Um abraço ;))
Poesia Portuguesa,
Podes "roubar" tudo o que quiseres. Terei todo o gosto nisso.
Aproveito para agradecer a todos os comentadores deste blogue as palavras simpáticas que me dirigiram.
Abraço.
Esdrúxulo e belo!
Um dia muito feliz para ti.
Obrigado, Fraga.
Bom fim-de-semana!
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