Ao luar

"Homem e Mulher contemplando a Lua"
Casper David Friedrich
Casper David Friedrich
Ao luar
Quando à noite o teu rosto sob a lua
doce fulgura sob as buganvílias
e te ouço dizer “serei sempre tua”
tanto nos sonhos como nas vigílias,
hauro o teu olor que a brisa acentua
no doce aroma das frondosas tílias.
Dos teus lábios, entanto, é tanta a sede,
que me enchem de saudade que não cede.
O desejo contente e descontente
em que sempre te tenho sem te ter
é lava que em mim lavra tão ardente
que não sei se é dor ou se é prazer
ter, não tendo, o teu corpo de nubente,
no fogo que me queima sem se ver.
[Este amor, que extravasa o universo,
é paixão que não cabe em simples verso.]
5 Comments:
Bonito poema, música de Brel - lindíssima - e gosto muito do Friedrich.
P.S. - Agradeço a visita! :)
Bellísimo conjunto de tres piezas donde música, imagen y palabras expresan el amor con precisión. Lo expresan de tal forma que uno llega a imaginar aquél sentimiento trágico de la vida del que hablaba Unamuno.
Que pases buen día.
Abrazo.
Ana Paula,
Obrigado pela visita e pelas palavras.
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Anatema,
Um sentimento tão trágico quão real, o do poeta-filósofo.
Grato pela visita.
Uma noite tranquila.
Abraço.
P.S.: Aproveito para informar que estarei ausente por 3 ou 4 dias. O Algarve, o mar e as açoteias chamam-me, apesar da chuva! :))
gostei deste poema, de sabor clássico/diria... camoniano ;)
...e como poderá uma paixão caber???
/ num verso ou noutra coisa qualquer
que não em si mesma consumada....!!?
beijO
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