CHANSON D'AUTOMNE

Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.

Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure.

Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte

Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.

Paul Verlaine
CASTELOS DE VENTO

quarta-feira


A poesia não quer adeptos, quer amantes.
Federico García Lorca





Ouvir estrelas

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdestes o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

Olavo Bilac (Brasil, 1865-1918)

7 Comments:

Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

Así es.
Todo aquél que ama puede entender el mensaje que guardan las estrellas en una noche de verano, cuando el sielencio sólo es interrumpido por el sonido del murmullo de nuestros propios sueños.

Feliz noche de estrellas.




































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1:00 da manhã, setembro 06, 2007  
Blogger teresamaremar said...

Lembro dois céus de estrelas :) magníficos. Noites nas Seychelles e uma outra noite de carro estrada afora, de Copenhaga para Hamburgo. Céus únicos, cravejadissimos.
É bom olhar no alto e escolher uma estrela exclusiva.

Esta noite, li já num blog o eco da Lua, aqui chego e encontro conversas com estrelas :)


Que te contam elas?

2:28 da manhã, setembro 06, 2007  
Anonymous Anónimo said...

as estrelas não sabem
da luz que irradiam
na noite escura.

nos prados na montanha
na cidade no deserto
nas águas que flúem
as horas de toda a terra,
as estrelas ignoram
que são atencioso farol
signos no mapa celeste
fantasias de crianças
enlevos de enamorados
paixões de amantes
apaziguamento de almas
sonhos de muitos homens
sob o manto assim tecido.

12:20 da tarde, setembro 06, 2007  
Blogger Zénite said...

Anatema,

Belas as tuas palavras.
Como suaves murmúrios emitidos
pelas conchas dos búzios
das marés tranquilas
de todos os céus nocturnos.
"Pelo sonho é que vamos..."

Feliz dia para ti, iluminado de brilhos pela estrela madre.

P.S.: sobre a dúvida: luís183 :))

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Teresamaremar,

Que belos céus nos trazes, gentil pintora de palavras!

Não te posso contar o que elas me contam, pois pediram-me segredo, e eu guardo todos os segredos. ;))

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Maria M.,

sequer sabemos se estão vivas
ou mortas as estrelas
ou se são apenas convulsões de morte
os ecos de brilhos talhados no céu,
que cintilantes nos chegam.
entanto, mesmo que em prolongada agonia,
trazem-nos placitude e felicidade,
mesmo que breves.


Belo o que nos trazes.

1:02 da tarde, setembro 06, 2007  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

Disculpa mi despiste, amigo Zénite. No acerté ninguna. No volverá a ocurrir. (L-1,83)
Ya está, grabado.

9:05 da manhã, setembro 07, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Venho dizer que sim, é possível ouvir estrelas, quando uma mão nos conduz e nos ensina a escutá-las...

9:44 da tarde, dezembro 15, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Sim, há sempre uma mão que nos conduz e ensina. Como a do humilde trabalhador de enxada que me ensinou a ouvir o hino das sementes rompendo a terra, e a auscultar o florescer dos ramos em todas as primaveras. Decerto, também ele tinha a faculdade de ouvir estrelas.

8:15 da manhã, dezembro 18, 2007  

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